terça-feira, 30 de dezembro de 2008


Saga de Hades

O inicio de uma guerra Sagrada


O Senhor das Trevas na mitologia, Hades, foi aprisionado há 243 anos, junto de seu exército. A batalha entre os Cavaleiros e os Espectros na última Guerra Santa ultrapassou todos os limites do imaginável, e muitos dos Cavaleiros perderam suas vidas. Pelo que se sabe hoje, somente dois Cavaleiros de Ouro sobreviveram, Dohko de Libra e Shion de Áries. Dohko recebeu de Atena a técnica Misopetha-Menos e viveu até os dias atuais. Shion, descendente do povo de Mu, possui longevidade. Mas Shion foi morto pelo cavaleiro de Saga de Gêmeos. Depois de 243 anos, Hades se liberta, pois o selo de Atena perdeu sua validade, e então tenta dominar o mundo, assim trazendo uma nova Guerra Santa. Mas os cavaleiros de bronze juntamente com os Cavaleiros de Ouro, se ajudam para acabar com Hades, e o Cavaleiro de Ouro que mais se destaca na saga do submundo, é Kanon, irmão gêmeo de Saga e considerado, até então, um traidor.

Já foi citado que mesmo um Cavaleiro de Atena, como ser humano, não possui vida eterna, mas essa regra não se aplica ao exército dos Espectro de Hades. Como governador de todo o Mundo dos Mortos, Hades é capaz de conceder um corpo físico para as almas mortas. O conceito de morte não existe entre os soldados de Hades, o que os torna destemidos em luta e guerreiros de força descomunal.

O Mundo dos Mortos dominado por Hades é um mundo inatingível pelo poder de outros deuses, inclusive Atena. Somente aqueles seres reconhecidos por Hades podem possuir os poderes nesse mundo, ou seja, somente os Espectros. Isso impediu desde tempos remotos que os domínios de Hades fossem invadidos por outros exércitos e Atena nunca conseguiu cortar o mal de Hades pela raiz. Contudo, após o segundo despertar de Hades o cavaleiro da casa de Virgem conseguiu descobrir meios de penetrar no mundo dos mortos, através do Arayashiki.

Na última Guerra Santa, os Cavaleiros de Atena deram tudo de si para aprisionar o exército de Hades. Contudo, era evidente que o selo que os prendia não duraria para sempre e, um dia, eles voltariam.

Por essa razão, um dos Cavaleiros de Ouro que sobreviveu à Guerra Santa foi incubido de vigiar o selo, permanecendo nos cinco picos de Rozan. Para não envelhecer, aprendeu com a Atena antecessora a técnica do Misopetha-Menos para simular seu envelhecimento - esse cavaleiro era Dohko de Libra.

A rebelião de Saga de Gêmeos, as batalhas em Asgard e o despertar de Poseidon logo em seguida enfraqueceram ainda mais o efeito do Selo de Atena, chegando, finalmente, o dia em que o selo da torre se desfez.

As 108 Estrelas Malignas que estavam aprisionadas na Torre escaparam e espalharam-se pelos quatro cantos do mundo, penetrando no corpo dos seres escolhidos como Espectros.

As Estrelas do Mal

Aqueles que acolhem a alma de um Espectro adquirem uma armadura protetora chamada Surplices, negra e brilhante como o ébano. Com as Surplices, os Espectros conseguem ir e vir entre o mundo dos vivos e o Mundo dos Mortos, sem que precisem despertar uma energia cósmica maior neles. Além disso, como a Surplices é destinada ao escolhido segundo a Estrela Maléfica que rege sua vida, o Espectro não precisa enfrentar um treinamento como os Cavaleiros de Bronze ou ter alguma qualificação natural como os marinas. A Surplices reage sobre o corpo daquele ser escolhido pela Estrela Maligna, transformando sua natureza para que aceite o uso da veste. Em outras palavras, o Espectro nada mais é do que um meio para a Surplices exercer sua função, um tipo de marionete. Pode-se até dizer que a Surplices é que controla o Espectro. Essa propriedade de modificar o corpo de quem a veste parece transformar as pessoas em algo não humano, como o exemplo de Myu de Borboleta.

Os planos diabólicos de Hades não pararam quando ele produziu 108 guerreiros com poderes similares aos dos Cavaleiros de Atena. Criando um campo de força em torno do Castelo de Hades localizado na Terra, o Senhor das Trevas restringiu o poder dos Cavaleiros, ganhando território para que a vitória fosse quase completa. Dentro desse campo de força, nem mesmo os Cavaleiros de Ouro são páreo para os Espectros. Isso explica por que três dos Cavaleiros de Ouro foram enviados para o Inferno ainda em vida por Radamanthys, sem ao menos reagirem.

Os dois deuses superiores aos espectros, Thanatos e Hypnos, sempre desprezaram a existência dos Espectros porque sabiam que o poder deles vinha, na realidade, das Surplices. Para os dois, não importava se todos os espectros morressem, pois logo poderiam ser substituídos por outros escolhidos pelas Estrelas Maléficas, sem que houvesse desfalque no exército. Além disso, eles tinham absoluta confiança que o poder dos dois bastaria para resolver todos os problemas, caso fosse necessário.

Por que os espectros são 108? Segundo os ensinamentos budistas, o número 108 representa os 108 sentimentos que atormentam e desorientam a vida dos seres humanos. Os sentidos por meio dos quais compreendemos e percebemos determinadas situações são a base deste cálculo. A natureza desses sentidos origina-se da visão, da audição, do olfato, da gustação, do corpo físico e da mente. Cada qual pode ser qualificada em três sentimentos ou sensações que são: 'agradável', 'desagradável' e 'indiferente'. Para se entender a origem do 108, multiplicamos as seis percepções por esses três sentimentos. Assim, temos que 6 x 3 = 18. Esses 18 sentimentos podem, por sua vez, ser movidos por sentimentos 'puros' e 'impuros' e, assim, multiplica-se novamente por 2, totalizando 36. A existência, no entanto, abrange experiências do Passado, do Presente e do Futuro e, por isso, deve-se multiplicar novamente esses 36 sentimentos pelas 3 dimensões temporais, o que totaliza 108. No Japão, na passagem de ano, há o ritual de se tocar os sinos 108 vezes, que simboliza a purificação desses 108 sentimentos que causam a infelicidade dos homens. Por isso também o rosário do Shaka tem esses 108 sentimentos representados em 108 contas.


Van Arik - E.D.E.M.

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